psicanalise: contribuições sociais
Por Luciano Cairuz
Além de ser um processo terapêutico, a situação psicanalítica é também, um peculiar método de investigação sobre o funcionamento da mente humana. Os conteúdos do inconsciente emergem na sessão de analise através da livre associação pertinente, pois assim como nos referimos a um tratamento, também falamos de um método que busca ampliar o auto-conhecimento.
O primeiro requisito, para quem pensa em fazer uma analise, é uma forte e determinada disposição de indagar-se sobre os meandros de sua própria mente. Normalmente essa motivação surge quando o individuo percebe estar padecendo de considerável sofrimento psicológico.
Mesmo aparentando razoável normalidade, muitas pessoas sentem-se infelizes e limitadas em suas vidas pelos sentimentos de ansiedade e depressão a que podem estar sujeitas, bem como, neuroses, medos irracionais, pensamentos repetitivos, compulsões, rituais escravizadores, alterações somáticas, sentimentos de ruína, problemas na sexualidade do casal e toda disfunção emocional.
Qualquer que seja a situação que desperte na pessoa motivação por esse tipo de ajuda, o primeiro passo deve ser a consulta com um psicoterapeuta experiente que poderá, orientá-la sobre a conveniência em empreender uma terapia analítica.
A representação social da psicanálise ainda é bastante estereotipada em nosso meio. Associamos a psicanálise ao divã, com o trabalho de consultório excessivamente longo que só é possível as pessoas de alto poder aquisitivo. Esta ideia correspondeu, durante muito tempo, à pratica nesta área que se restringia exclusivamente, ao consultório.
Atualmente no Brasil, os psicanalistas estão debatendo o alcance social da pratica clinica visando torná-la acessível a amplos setores da sociedade. Os profissionais, no campo da psicanálise estão voltados para a pesquisa e produção de conhecimentos que possam ser úteis na compreensão de fenômenos sociais graves, como o aumento do