Pseudoproblemas da filosofia - Rudolf Carnap
Professor Giacóia Diciplina HG108
AVALIAÇÃO REDAÇÃO FILOSÓFICA I
- A luz do texto de Rudolf Carnap Pseudoproblemas da Filosofia, comente a seguinte frase: “Uma vez que consideramos somente o conteúdo fatual como critério para a significatividade dos enunciados, nem a tese do realismo de que o mundo exterior é real, nem a tese do idealismo de que o mundo exterior não é real podem ser consideradas cientificamente significativas.” (Carnap, R. Pseudoproblemas da Filosofia. In: Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1975, p. 169).
Enunciado fatual é aquele que deve, necessariamente, poder ser demonstrado e testado. Um conteúdo fatual deve aderir a uma experiência que o torne fato, independentemente de ser verdadeiro ou falso e, por isso, é significativo. A significatividade, por sua vez, deriva da necessidade de algo concebível possuir estado(sendo estes verdadeiro ou falso) ou ter conceitos já conhecidos que o deem significado. Um enunciado que não tenha seu conteúdo experenciado e que, portanto, não pode ser considerado fatual, não levará a ciência alguma; uma vez que ciência, mas sim a hipóteses. A ciência empírica entra em conflito com a filosofia ao considerar válidos somente os conteúdos fatuais, para prosseguir e concluir teses deve se partir ou regressar a experiência, diferindo-se, assim, da filosofia, que faz uma análise tão ampla e liberal que acaba por considerar ciência aquilo que não possui conteúdo fatual(verdadeiro ou falso) como no caso do realismo e do idealismo. O realismo pode ser dividido em duas subteses: 1) O mundo lá fora existe, não só por representações da minha mente, mas em si. 2) Os corpos das outras pessoas, além de suas representações, possuem consciência. O idealismo contradiz essas duas subteses com outras duas: 1) O mundo exterior não existe. São apenas representações de minha mente. 2) Somente minha consciência é real. Para melhor explicar suas ideias, Carnap