pseudo código
DESENVOLVIMENTO RURAL LOCAL
C. Deponti1
J. Almeida1
1. INTRODUÇÃO
A sustentabilidade, tema que desperta crescente interesse, tem merecido espaço em livros e revistas, uma vez que é usado em discursos políticos e representa uma bandeira de luta de muitas instituições governamentais e não-governamentais 2 .
Em meados da década de 80, surgiu o conceito de “sustentabilidade” que passou a ser empregado com freqüência e assumiu dimensões econômicas, sociais e ambientais, buscando embasar uma nova forma de desenvolvimento. A idéia de desenvolver indicadores de sustentabilidade surgiu na Conferência Mundial sobre o Meio
Ambiente (Rio-92), conforme registra seu documento final, a Agenda 21. A proposta era definir padrões sustentáveis de desenvolvimento que considerassem aspectos ambientais, econômicos, sociais, éticos e culturais. Para isso, tornou-se necessário definir indicadores que a mensurassem, monitorassem e avaliassem.
Um indicador permite a obtenção de informações sobre uma dada realidade (Mitchell, 1997), podendo sintetizar um conjunto complexo de informações e servir como um instrumento de previsão. No entanto, quando se trata de indicadores de sustentabilidade o debate está apenas iniciando, pois não há uma fórmula ou receita para avaliar o que é insustentável.
O presente artigo objetiva propor e discutir indicadores que avaliem a sustentabilidade em contextos de desenvolvimento rural local, tendo como espaço empírico o município de Camaquã-RS. Esse município situase na “Metade Sul” do estado do Rio Grande do Sul, região de importância sócio-econômica e populacional, mas que apresenta, atualmente, situação de carência social elevada, índices altos de concentração fundiária e baixo dinamismo econômico.
Conforme Ferreira (2001), o referido município, atualmente, apresenta dois diferentes sistemas agrários: um, na Região da Encosta do Planalto Sul-Rio-Grandense; e o outro, na