pré-socráticos
"Este mundo, que é o mesmo para todos, nenhum dos deuses ou dos homens o fez; mas foi sempre, é e será um fogo eternamente vivo, que se acende com medida e se apaga com medida"
HERÁCLITO DE ÉFESO
Pode-se dizer que a Filosofia surgiu, na Grécia, através da busca incessante de encontrar explicações sobre as primeiras causas ou os primeiros princípios do real, afastando-se dos deuses e começando a pensar sobre os fundamentos do mundo ou do cosmos.
Fruto de uma ousadia intelectual que para existir requeria a libertação do jugo da tradição — para negá-la ou reinterpretá-la racionalmente —, a filosofia despontara, na Grécia, primeiro nas regiões periféricas, na Jônia ou na Magna Grécia, nessas fronteiras políticas e culturais que separavam o mundo helênico de outros povos e outras tradições. Ali, em cidades-Estados mais recentes e dinâmicas questiona-se a mentalidade arcaica (SOUZA, p.37, 1996).
Neste contexto, surgem os primeiros pensadores gregos – denominados pré-socráticos. Por isto tais pensadores, podem ser incutidos na Metafísica, pois buscavam respostas para as seguintes perguntas: “O que há?”; “O que é o ser?”. A resposta para tais questões seria o “tudo”. Este “tudo” era personalizado pelos próprios filósofos, já que cada um tinha uma perspectiva diferente sobre a natureza da matéria, ou sobre o cosmo. “Tudo” é um (Nietzsche apud SOUZA). Assim, podemos destacar os principais filósofos pré-socráticos em suas respectivas escolas, de acordo com o local e a época em que viveram: Escola Jônica (1 – Tales de Mileto; 2 – Anaximandro; 3 – Anaxímenes; 4 – Xenófanes de Colofon; 5 – Heráclito de Éfeso), Escolas Italianas (1 – Pitágoras de Samos e seus seguidores; 2 – Escola Eleática; 2.1 – Parmênides; 2.2 – Zenão; 2.3 – Melisso). A fase mais tardia desse pensamento, que se expande pós pensamento socrático e, portanto, se descaracteriza em relação às outras frentes de pensamento: Escola Atomista: