Práticas de ontem e de hoje: heranças do movimento da matemática moderna na sala de aula do professor de matemática
Maria Cecilia Bueno Fischer - UNISINOS, RS ceciliafischer@terra.com.br Maria Célia Leme da Silva - PUC, SP celials@pucsp.br Maria Cristina Araújo de Oliveira - PUC, SP mcris@pucsp.br Neuza Bertoni Pinto - PUC, PR neuzard@uol.com.br Wagner Rodrigues Valente - PUC, SP valente@pucsp.br 1. Introdução
O mini-curso tem como objeto a história do Movimento da Matemática Moderna (MMM) no Brasil. Neste texto, apresentamos idéias centrais sobre o Movimento e discutimos a base teórico-metodológica necessária à pesquisa dessa importante época da Educação Matemática. Apontamos, também, as atividades a serem desenvolvidas no mini-curso, que buscam envolver o professor de Matemática na pesquisa das heranças deixadas pelo MMM às suas práticas cotidianas.
2. O Movimento da Matemática Moderna
Antes de 1950, o ensino de Matemática ocupava-se com os cálculos aritméticos, as identidades trigonométricas, problemas de enunciados grandes e complicados, demonstrações de teoremas de geometria e resolução de problemas sem utilidade prática. A Teoria dos Conjuntos não figurava entre os tópicos do ensino secundário, apenas no ensino universitário.
A partir de 1950, surgem novas iniciativas em prol da melhoria do currículo e do ensino de Matemática. Começam os primeiros congressos em nível nacional, cuja única temática versava sobre o ensino da Matemática escolar. Nesses congressos aparecem as primeiras manifestações das idéias defendidas pelo Movimento Internacional da Matemática Moderna, que ganharia expressão significativa na década de 1960.
Nessa década, o ensino de Matemática no Brasil sofre mudanças na educação básica. Tais mudanças decorrem de uma discussão internacional acerca de uma nova abordagem para o ensino de Matemática, que propunha aproximar o ensino realizado na educação básica ao desenvolvido na Universidade, o que