Prática tricomas
Introdução
As diferentes formas da estrutura da folha são caracterizadas, em grande parte, de acordo com o habitat onde a planta vive, bem como a disponibilidade de água ou pela temperatura do local. Apesar de apresentarem formatos variáveis, as folhas das angiospermas são especializadas como órgãos fotossintetizantes e, assim como as raízes e os caules, constituem-se dos sistemas: dérmico, fundamental e tecidos vasculares (RAVEN, 1996). Uma variedade de fatores ambientais, especialmente a disponibilidade de radiação, pode causar alterações nas características estruturais e funcionais das folhas, culminando com alterações no padrão de crescimento e na produção das plantas (QUEIROZ-VOLTAN apud BJÖRKMAN, 1981). O aumento no nível de luz proporciona aumentos na espessura da folha, na massa foliar especifica, no desenvolvimento da epiderme e do parênquima e, no número total de células das folhas (QUEIROZ-VOLTAN apud WYLIE, 1951; ESAU, 1977; BJORKMAN, 1981; CUTTER, 1987). Devido à diversidade de formas e especificidade, os tricomas representam caracteres taxonômicos importantes para as espécies de determinados gêneros, permitindo o reconhecimento destas, mesmo em estado vegetativo (GUIMARÃES e MARTINS, 1997). Em determinadas plantas os tricomas estão presentes nas folhas, ramos, hipanto, brácteas, gineceu e androceu, constituindo um dos mais importantes caracteres taxonômicos na delimitação das espécies (GUIMARÃES, 1999). As folhas das plantas são cobertas também por uma cutícula que torna a sua superfície impermeável tanto à água quanto ao dióxido de carbono. Somente uma pequena fração da água perdida pela transpiração sai através deste revestimento protetor, e outra pequena fração é perdida através das lenticelas na casca. A maior parte da água perdida pela transpiração nas plantas ocorre através de estruturas denominadas estômatos (RAVEN, 1996).
Objetivo