Prática docênca no estágio
Durante o segundo semestre de 2013 fui estagiária, embora eu não me sentisse como tal, de uma turma de EJA (Educação de Jovens e Adultos) localizada na Universidade Federal de São Carlos. Esta modalidade de ensino muito me surpreendeu em vários aspectos. São pessoas que desaprenderam a estar sentados por horas e horas; pessoas que foram ensinadas a pensar que estudos não levam ninguém a lugar nenhum; pessoas que têm diversas preocupações e a escola não é sua prioridade. Apesar dos pesares, pessoas que sabem muito mais do que o professor. Devo dizer que esta sabedoria se refere ao conhecimento de mundo, e é este conhecimento, tão diferente do meu, que me fez gostar tanto de compartilhar uma sala de aula com estes alunos. Como estagiária da disciplina de língua portuguesa, notei como somos importantes para converter este conhecimento de mundo em melhorias sociais para estes próprios sujeitos.
A linguagem é o mecanismo fundamental de comunicação e de inserção prática nas atividades comunicativas humanas. O aluno jovem e adulto vem à escola com o domínio da linguagem, pois a aplica desde a mais tenra idade. Entretanto, esta linguagem precisa ser mais bem elaborada para atender às necessidades impostas neste século em que a velocidade de produção e de difusão de novos conhecimentos exige de nós constantes atualizações e, estas, só serão possíveis através de práticas pedagógicas que proporcionem o desenvolvimento da leitura e do letramento com a compreensão do que se faz e para que se faz. (SILVA, pg.02) Para que meu relatório seja coerente e compreensível, penso que é importante mencionar que sou professora de língua estrangeira no ensino médio em uma instituição privada. Esta informação direciona meu texto, afinal, o público com o qual eu estou acostumada faz de mim um indivíduo acelerado, exigente, enérgico. Os jovens e adultos me fizeram reaprender macetes que eu