Proverbios populares

Os provérbios populares são expressões que transmitem conhecimentos comuns, sobre o cotidiano, e que se adequam de acordo com cada cultura ou região. Muitos deles foram criados na antiguidade, porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até os dias atuais, inclusive no universo jurídico. Quem nunca ouviu, antes de fazer algo precipitadamente, “Quando um não quer, dois não brigam”? Esse ditado, não apresenta uma origem histórica exata, apenas surgiu como mediação ou conselho para evitar conflitos desnecessários. No entanto, vale salientar que, depois da ascensão do cristianismo, na idade média, e a interferência bíblica na boa convivência, através dos ensinamentos de Jesus: “Não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te dá na face direita, volta-lhe também a outra; ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa” (Bíblia Sagrada, Mateus 5: 38) o amor ao próximo foi disseminado com um exacerbado valor, servindo de base cultural até os dias atuais.
Fazendo um estudo jurídico do ditado “Quando um não quer, dois não brigam” notamos que o Código do Processo Civil através dos artigos: Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.
Art. 3o Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.
Deixa bem claro que o Estado não pode intervir no direito volitivo do cidadão. Por mais que este indivíduo tenha sido provocado ou tenha todos os motivos para entrar com uma ação contra outrem ele tem todo o direito de escolher não entrar no litigio. Usando como uma de nossas bases bibliográficas o livro “A luta pelo direito” de Rudolph Von Yhering, especificamente, no segundo capítulo, o autor estabelece uma afirmação: “(...) Entretanto a experiência nos ensina que mesmo assim muitos outros na mesma situação chegaram à decisão oposta – eles preferem a paz sobre um direito legal afirmado ao custo de problemas e