Protozoários e Protozooses
Os Mastigóforos:
O filo Mastigophoroa ou Flagellata (mais recentemente denominado Zoomastigina) é formado pelos protozoários portadores de flagelos (mastigo ou flagelo = chicote). Flagelos são filamentos que aparecem em número variável, geralmente de um a quatro, embora alguns parasitas apresentem um número maior. O flagelo funciona tanto na locomoção como na captura de alimento.
Os mastigóforos são considerados os protozoários mais primitivos e é provável que tenham surgido de algas unicelulares que perderam os cloroplastos. Reproduzem-se por divisão binária e a maioria tem vida livre na água; outros são parasitas, causando doenças. Mas há também aqueles que formam associações em que ambos os indivíduos lucram. Este tipo de associação é chamado mutualismo e ocorre, por exemplo, nos protozoários do gênero Triconympha. Estes protozoários vivem no intestino do cupim e fazem a digestão da celulose ingerida pelo inseto.
Vejamos algumas doenças causadas no homem por protozoários flagelados.
Doença de Chagas: Assim chamada em homenagem ao cientista brasileiro Carlos Chagas (1879-1934), o descobridor do ciclo da doença. Provocada pelo Trypanosoma cruzi ("cruzi" referese ao cientista Oswaldo Cruz), é transmitida por percevejos triatomíneos (Triatoma infestans, Panstrongylus megistus e outras espécies), conhecidos usualmente como barbeiro, chupança, procotó ou bicho-de-parede. O barbeiro contrai o protozoário de animais silvestres (chamados reservatórios naturais), como o tatu, o gambá e o macaco, ou de um homem portador da doença. O protozoário sai pelas fezes do barbeiro (o inseto defeca ao sugar o sangue do indivíduo), penetrando no orifício deixado pela picada, ou na ferida feita quando o indivíduo se coça. Primeiramente, aloja-se na pele, onde perde o flagelo e se reproduz por divisão binária. Os indivíduos resultantes dessas divisões dirigem-se, através do sangue, a outros órgãos (coração, fígado, etc.), provocando lesões. O doente pode