proteína

INTRODUÇÃO:

Este projeto é construído a partir da peçonha da centopeia scolopendra viridicornis nigra (Bücherl, 1941), na qual existe a proteína em questão. É importante trabalhar com essa proteína, pois ela representa um grupo com o qual há reações alérgicas em seres humanos. Acrescenta-se a isso, o fato dela também está presente em, pelo menos, outros cinco animais da mesma família. Em decorrência disso, é necessário estudá-la com o objetivo de fomentar novas formas de combater estas reações nocivas ao ser humano. As centopéias são artrópodes pertencentes à Superclasse Myriapoda, Classe Chilopoda (do grego “chilioi” = mil). São animais que apresentam corpos delgados, compridos, segmentados e achatados dorso-ventralmente, lembrando um Diplopoda de uma maneira geral. Possuem uma cabeça bem diferenciada e provida de mandíbulas, mas não existe uma diferenciação entre tórax e abdome (Ruppert e Barnes, 1996). As centopéias se distinguem por possuírem apenas um par de pernas por segmento, cujo número varia de 15 a mais de 180. Nenhuma espécie tem 100 pernas, como o nome comum do grupo sugere (Hogue, 1993). A maior centopéia, possui quase 30 cm de comprimento (Ruppert e Barnes, 1996). São animais solitários, representados por espécies que vivem em climas quentes. Em todo o mundo, são conhecidas cerca de 1.100 espécies, mas as estimativas são de que existem aproximadamente 2.500. Para a região Neotropical, há cerca de 200 espécies descritas, das quais 150 são do Brasil (Knysak e Martins, 1999). Os quilópodes se distribuem em cinco ordens: Geophilomorpha, Scolopendromorpha, Lithobiomorpha, Scutigeromorpha e Craterostigmomorpha (esta presente apenas na Tasmânia e Nova Zelândia) (Teixeira et al., 1999; Knysak e Martins, 1999). Entre os miriápodes, os quilópodes são os únicos verdadeiramente peçonhentos. O primeiro segmento conta com duas grandes presas, denominadas forcípulas, originadas a partir do primeiro segmento do tronco, que atuam como órgãos de defesa, sendo