propagação in vitro de orquideas
Contaminação Microbiana na Propagação in vitro de
Cattleya walkeriana e Schomburgkia crispa
Gislene Côrrea Sousa1,2, Pollyanna Lourenço Clemente1,2, Valquiria Lorena Ramos Isaac1,2,
Syd Pereira Faria1,2 e Maria Rita de Cássia Campos3
Introdução
Lindl. de ocorrência no Cerrado .
As orquídeas estão entre as plantas ornamentais mais apreciadas e de grande valor comercial. Desde o trabalho pioneiro de Warming [1], até levantamentos mais recentes [2], Orchidaceae tem sido apontada como uma das cinco famílias mais representativas da flora do
Cerrado. Uma das formas de aumentar a produção de mudas com qualidade genética, e conservar espécies de orquídeas ameaçadas de extinção tem sido a micropropagação e a propagação in vitro [3,4]. A clonagem in vitro de matrizes selecionadas tem permitido a compatibilização de demandas específicas do mercado.
Um dos maiores problemas da produção em escala comercial é a contaminação do meio nutritivo por fungos e bactérias durante as etapas de propagação in vitro. A contaminação estabelece-se no meio de cultura e/ou material vegetal competindo pelos nutrientes, produzindo substâncias tóxicas e inibindo o desenvolvimento do explante, ocasionando, assim, sua perda.
Em princípio, existem quatro fontes de contaminação: a fonte de explante, meio nutritivo, o ambiente e o operador (habilidade). Outro fator relacionado à contaminação na propagação in vitro de orquídeas é o tamanho da semente (1-2mm de comprimento por 0,5 a 1,0mm de largura) [5]. O mais importante destes é a fonte de explante que deve ser desinfestada antes da inoculação in vitro a fim de eliminar microrganismos exógenos. O etanol é o desinfestante mais empregado [6]. Além da ação germicida, o etanol tem ação surfactante e facilita a ação de outros produtos sendo utilizado em concentrações de
70 a 80%. Dentre as várias substâncias germicidas a base de cloro, utilizadas para desinfestação de explantes, as mais comuns