auto de natal
(Narrador/a):
Na altura de Natal andam todos sempre muito atarefados, os meninos a pensarem nas férias e nas prendas que vão receber e também nos testes, o pai e a mãe com os preparativos do Natal, o mundo inteiro anda tão ocupado e esquece-se de parar e perguntar:
- Afinal qual é o espírito de Natal? O verdadeiro espírito do Natal? Alguém sabe onde ele anda? Quem é ele ou ela? Alguém quer dar um palpite? Não, pois bem nós hoje vamos procurar descobrir isso mesmo.
(Entra um homem de fato, pasta e telemóvel na sala a falar)
Homem – Estou, estou, Graça, a reunião de hoje de tarde, têm de ser cancelada. Surgiu um imprevisto e tenho de ir almoçar ao Porto com o Dr. Ribeiro.
Não se esqueça do mapa que lhe pedi, ahh e as ofertas para os Doutores tem de ser entregues nos escritórios até ao fim desta semana.
Adeus até logo. (Desligando o telemóvel, falando para si próprio)
É que segunda-feira já é dia de Natal, detesto esta época do ano! Andamos durante um mês a fingir que gostamos de todos, quando afinal, ninguém gosta de nós! (Falando agora para o público) Oh, desculpem, não vos tinha visto. Não acham que é verdade?
É as prendas para meio mundo que nós não conhecemos de lado nenhum.
E depois é a jóia para a esposa para parecer bem, é os ténis das rodas para a filha se não ela faz uma cena que só visto... Não há paciência.... (nisto escorrega e cai de chapa no chão, quando agarra num papel que diz “Sabe qual é o verdadeiro espírito de Natal?”
Lê isto alto para o público e depois diz):
Homem – Espírito de Natal? Mas qual espírito nem meio espírito, é tudo mentira, não existe nada disso.
(No palco está já a menina pobre sentada no banco de jardim, que começa a dizer):
Menina – Uma esmolinha, quem ajuda a pobrezinha com uma esmolinha.
(e vai tocando o sininho para chamar a atenção)
Menina – O senhor não me podia ajudar? Estou doente, já não como nada desde ontem...
(O homem põe-se a olhar para a menina e