Pronto socorro
Doenças transmissíveis, como a Hanseníase, continuam a impedir o pleno desenvolvimento social e econômico do nosso país. Pernambuco ocupa o 1º lugar na região Nordeste e o 5º lugar no Brasil, sendo as taxas de prevalência de 9,86 e detecção de 3,05, consideradas respectivamente alta e muito alta, segundo parâmetros do MS.
Este estudo se propõe a realizar uma abordagem centrada na caracterização epidemiológica da hanseníase no Distrito Sanitário II em relação ao ano de 2001, através da análise de indicadores epidemiológicos e operacionais. Têm-se como objetivos específicos, verificar a freqüência dos casos novos residentes de hanseníase de acordo com determinadas variáveis e mapear a distribuição destes casos por bairro no Distrito Sanitário II.
Trata-se de um estudo quantitativo, do tipo transversal, de caráter retrospectivo. A amostra é constituída de 202 casos novos residentes de hanseníase.
Para a análise dos dados, as informações foram tabuladas junto com os principais indicadores do programa de controle da hanseníase, sendo utilizados os softwares EPIINFO e EXCEL.
Com base nos resultados obtidos referente a unidade de saúde foram registrados no CISAM uma grande parcela de casos novos (80,2%). O bairro de Água Fria é considerado o mais endêmico representando um percentual de 23,8% da totalidade dos casos notificados. Foi constatada uma maior incidência em maiores de 14 anos (84,5%), porém a taxa de casos em menores de 14 anos também é considerada alta.
Verificou-se uma alta detecção das formas paucibacilares entre elas a tuberculóide a predominante, sendo a maioria dos casos avaliados para o grau zero.
Conclui-se assim que a endemia continua sem controle, tendo em vista as subnotificações, a falta de capacitação dos profissionais quanto ao diagnóstico, tratamento e prevenção de incapacidades, a cristalização do preconceito, as dificuldades de acesso do paciente as unidades de saúde, e diante de todos os resultados urge a necessidade