pronto socorro
Principais Emergências Pediátricas
Giovanni do Nascimento Freitas
22/04/2014
Traumatismo Crânioencefálico (TCE)
Traumatismo cranioencefálico é freqüente em criança, dado que sua cabeça pesa mais que o restante do corpo, sendo projetada como a "ponta de uma lança" em situações diversas.
- Cuidar com hemorragia de vasos do couro cabeludo em crianças pequenas, que pode levar à perda sangüínea importante e ao choque.
- Crianças menores de 3 anos são mais sensíveis a TCE, apresentando, em função disso, pior prognóstico.
- Após TCE, manifestações de vômito na criança não indicam, necessariamente, hipertensão intracraniana.
- Convulsão pós-TCE também não sinaliza gravidade (exceto se for de repetição).
- Nas crianças abaixo de 4 anos de idade, a escala de Glasgow dos adultos deverá ser substituída
O TCE é um problema comum na infância e é das principais causas de morte e de seqüelas em crianças e adolescentes do mundo. As crianças com TCE grave necessitam de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As taxas de mortalidade em criança com TCE grave variam entre 10-50%.
Classifica-se pela morfologia como: lesões extra-cranianas: lacerações de couro cabeludo fraturas de crânio: lineares, cominativas, com afundamento. lesões intracranianas:
- focais (hematomas extradural, subdural ou intra-parenquimatoso)
- difusas (concussão, lesão axonal difusa ou edema e ingurgitação cerebral).
As lesões difusas são comuns em crianças pela desproporção entre a cabeça e o tronco, favorecendo o movimento pendular, além da imaturidade encefálica.
Nos traumas cranianos podem ocorrer sangramentos ou inchaços no cérebro, o que pode resultar no aumento da pressão intracraniana (PIC), tornando o quadro mais grave. Os sinais de aumento da PIC são:
-letargia, vômitos e paralisia do 6º e 3° nervos cranianos
-abaulamento de fontanela em lactentes, irritabilidade e sinais vitais alterados
-hemiparesia e paralisia do 3º nervo