Projeto Prosa
Este trabalho tem como objetivo ressaltar a importânciada observação crítica do profissional da educação em relação aos conteúdosapresentados nos livros didáticos da disciplina de Língua Portuguesa, por compreender que este material ainda hoje é utilizado como “muleta” pela maioria dos educadores, sem que, muitas vezes, haja o estudo dos assuntos abordados. Nessa perspectiva iremos analisar a estrutura e organização dos volumes levando em consideração as teorias linguísticas e as recomendações das propostas curriculares elaboradas pelos órgãos oficiais da educação. Onde, segundo o PCN/1997 “O desenvolvimento das capacidades linguísticas de ler e escrever, falar e ouvir com compreensão, em situações diferentes das familiares, não acontece espontaneamente. Elas precisam ser ensinadas sistematicamente e isso ocorre, principalmente, nos anos iniciais da Educação Fundamental”. Deve-se levar em conta no ensino de Língua Portuguesa os aspectos sócio-econômicos e culturais em que o indivíduo está inserido, segundo o PCN de Língua Portuguesa“O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado, na escola, como parte do objetivo educacional mais amplo de educação para o respeito à diferença. Para isso, e também para poder ensinar Língua Portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma “certa” de falar — a que se parece com a escrita — e o de que a escrita é o espelho da fala — e, sendo assim, seria preciso “consertar” a fala do aluno para evitar que ele escreva errado. Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma de falar do aluno, tratando sua comunidade como se fosse formada por incapazes, denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos, por mais prestígio que um deles tenha em um dado momento histórico”.Neste trabalho procuramos destacar a imprescindível