projeto politico pedagogico
Última parte da resenha do livro Pedagogia da Autonomia
O capítulo final contempla os últimos nove saberes essenciais para Paulo Freire. A temática principal relaciona-se à ideia de que ensinar é uma especificidade humana, uma influência recíproca das relações homem-homem e homem-mundo. Sobre isso, o autor coloca o primeiro saber: ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. Segurança conquistada na sua prática firme de perguntar, refletir, decidir, reconhecer-se incompleto, avaliar-se, errar e acertar. Competência profissional gerada por essa segurança e seriedade no comando da sua profissão e pela sua autoridade moral, reflexo da coerência entre teoria e prática. E generosidade no trato com os educandos e suas dificuldades, sem qualquer tipo de julgamento, criando um ambiente justo, ético e respeitoso. O segundo ponto diz respeito à exigência de comprometimento do educador para com os outros e consigo mesmo. Ensinar é mostrar-se, revelar suas idéias e sentimentos (na prática pedagógica é impossível uma neutralidade), ser submetido à avaliação dos outros, e, por conseguinte, preocupar-se com o seu desempenho profissional. No terceiro, em razão da natureza social humana, o ensinar é uma intervenção do homem no mundo, seja para manter, seja para modificar a ideologia dominante e o estado social, político e econômico da realidade.
O quarto saber é: ensinar exige liberdade e autoridade. Duas características aparentemente contraditórias por causa de suas deformidades – a licenciosidade e o autoritarismo. A liberdade requer limites, ainda sutis de se descobrir. Porém, são eles, juntamente com a coerência e o exemplo, que conferem autoridade à pratica democrática/libertadora. É preciso saber reconhecer o tempo e o espaço adequados ao uso dos limites. No quinto, o autor revela a exigência da tomada consciente de decisão, explicando-a pelo que chama sabiamente de politicidade de educação. Esta é