Projeto floram
EM NOVEMBRO DE 1988, foi realizada em Hamburgo uma importante conferência sobre o tema Clima e Desenvolvimento. Na oportunidade, o professor Wilfred Bach lançou um desafio aos representantes do Brasil no evento no sentido de promover um projeto de florestamento numa ordem de magnitude inédita, aproveitando o amplo dimensionamento territorial do país e suas condições climáticas muito favoráveis para a execução do projeto. O desafio foi levado ao Instituto de Estudos Avançados da USP, onde se configuro a oportunidade de delinear uma missão interdisciplinar e interinstitucional visando a integrar talentos e capacitações disponíveis em instituições diversas, numa rede estruturada ao redor de um Projeto do IEA-USP.
Iniciativa dinamizadora que visava transformar um setor diferenciado da Universidade num território de encontro de atores procedentes de diversos setores ativos da sociedade, para debater livremente suas propostas e contribuir para um grande programa de florestamento e reflorestamento. Neste espírito e ao redor de um núcleo inicial do qual formavam parte os autores do presente resumo, o professor Jacques Marcovitch, então diretor do IEA, arregimentou diversos especialistas na atividade florestal e nos seus aspectos ecológicos para elaborar o Projeto Floram, o maior projeto de reflorestamento já concebido no Brasil, com aproximadamente 14 milhões de hectares a serem reflorestados no prazo de 20 a 30 anos, na condição de se obter parceiros em outros países identificados com os objetivos do Floram.
Objetivos do projeto Floram
O Projeto Floram visa a deslanchar um processo de florestamento e reflorestamento de grandes dimensões para seqüestrar parte do excesso de gás carbônico (115 bilhões de toneladas) introduzido na atmosfera pelas diversas fases da revolução industrial e por queimadas de grandes dimensões para implantação de agroecossistemas. Uma estratégia para seqüestrar os materiais acumulados na