Projeto feiras de ciencias
Sumário:
1. As Feiras de Ciências de décadas passadas e a retomada atual. Características fundamentais e demandas atuais por novas diretrizes.
2. Novas diretrizes para as Feiras de Ciências escolares. A dimensão pedagógica; novos valores: aspectos afetivos, lúdicos, sociais, tecnológicos; o papel da realidade: convivência com a matéria e o tempo.
3. A proposta desenvolvida nas mostras de ciência e tecnologia do CEFET-MG: a quádrupla classificação de trabalhos[2] apresentados (Didáticos, Construtivos, de Investigação e Softwares).
4. A proposta de J.Wellington: Saber que; Saber como; Saber porque. Possibilidades dessa classificação nas feiras escolares. O resgate da “ciência popular” e a utilização de novos recursos.
“Quando a razão se junta à natureza e se confunde com ela, forma-se a prática”. R. Tagore
O pensamento em epígrafe, de Rabindranath Tagore, expressa, a nosso ver, uma das perspectivas fundamentais da realização das atividades do tipo das feiras de ciências, onde os alunos têm a oportunidade de desenvolver habilidades importantes decorrentes da conjunção entre essas duas dimensões básicas do conhecimento: a teoria (junto à razão) e a experimentação junto ao fenômeno real da natureza.
No Brasil, como sabemos, a dimensão prática do conhecimento, tem permanecido, historicamente, em segundo plano. Este fato chega a ser uma característica geral da educação brasileira. A realização das feiras de ciências constitui, desse modo, uma contribuição importante para atenuar, e quem sabe ajudar a corrigir, essa lacuna lastimável.
Contudo, as feiras de ciências sofrem os riscos daquela tendência de menor valorização do aspecto experimental que deve estar contido na educação e no ensino das ciências, em geral. Daí a necessidade de ampararmos as feiras com uma orientação pedagógica que se torne cada dia mais consciente, mais refletida e melhor