Projeto de seminário Cinema de Família (estilo documental)
Professor(a): Consuelo Lins
Turma: EC7 - 2013.2
Grupo: Camila Carnevale, Elaine Taffner, Isadora Vilardo, Joana Silvestre, Luana Kozlowski, Maria Isabelle da Silva Pinto, Natália Domingues e Paulo Oliveira.
Dissertação sobre tema sugerido para seminário “Filmes de Família”.
Conceitualização - (baseada na concepção de Roger Odin).
Para Roger Odin, o filme de família se define por: um filme realizado por um membro de uma família sobre personagens ou acontecimentos ligados de uma maneira ou de outra à história desta família e para o uso dos seus membros. A concepção desse teórico nos é bem vinda, pois ele foi um dos primeiros cineastas a trabalhar com este tipo de filmografia. Feitas com dispositivos móveis, o número dessas produções não para de aumentar, principalmente depois da popularização dos equipamentos de captação em vídeo. Apesar disso, em sua maioria, as produções cinematográficas amadoras são ignoradas pelos críticos de cinema por serem consideradas malfeitas e entediantes.
A estética característica,consequente da qualidade (baixa) dos dispositivos e da presença de um ponto de vista individual sobre a família – de quem está filmando -se torna impessoal e estereotipada: nada que pareça mais com um filme de família do que outro filme de família.
O que a princípio seriam produções privadas – utilizadas em um grupo fechado, por um pequeno grupo de pessoas – ganham outra conotação ao entrarem no circuito comercial: não são nada privados já que expõe a vida íntima dos membros da família. E isso traz consequências para os indivíduos filmados – traumas, dramaticidade, violação da intimidade. Esta confusão entre o público e o privado pode ser indicada como uma constante da sociedade pós-moderna, onde tanto a mudança de comportamento influencia esse tipo de produção como essas filmagens provocam mudanças no comportamentosocial. Em um primeiro momento, os filmes de família não procuravam mostrar os problemas ou reflexões íntimas, mas