projeto de extensão a comunidade
Os benefícios democráticos que as práticas associativas, fortalecidas na última década mostra um avanço positivo no Brasil. Durante os anos de 1970 muitos padrões tradicionais se romperam, ressaltando o surgimento de um novo associativismo, constituindo um processo de pluralização. Os Anos de 1980 foram marcados por um pico de diversas associações e movimentos sociais que desencadearam diferentes tipos de mobilização e reivindicações, como por exemplo: gênero de sexualidade, ambientais e questões urbanas. A década de 1990 trouxe para as práticas associativas do país novas características, ampliando a comunicação entre os movimentos sociais e colocando novos desafios em função das articulações de vários fóruns locais, regionais, nacionais e até internacionais. Também surgiram novas ONGs em várias áreas temáticas, resultantes de parcerias entre sociedade civil e o poder público. Foi também nos anos de 1990 que uma importante parte dos estudos e pesquisas passaram a incorporar uma perspectiva teórica sobre a importância dessas organizações da sociedade civil como base num conjunto de fatores. Os limites dessa frente teórica vão dando direção nos debates mais recentes sobre o tema do associativismo e movimentos sociais. A ampliação das ONGs e de organizações formais, a criação dos espaços de participação social na gestão de políticas públicas, as diversas relações e articulações, a atuação em forma de redes, entre outras, são construtivas de dinâmicas. As evidências empíricas vem mostrando a heterogeneidade de objetivos, interesses e formulação política destes sujeitos coletivos, desautorizando uma leitura que imprime uma natureza necessariamente democrática desse campo. Os movimentos sociais apresentam, em muitos casos, fronteiras imprecisas e permeáveis com as instituições políticas, lideres e integrantes de movimentos sociais, adotam diferentes repertórios de ação política e social de acordo com suas