Projeto cultural
MARCO ANTONIO PAPP
SUMÁRIO
Introdução e Colocação do Problema 1
1 Do tempo á Intuição 2
Referências bibliográficas 3
Introdução e Colocação do Problema
Qual o problema da Filosofia hoje? Essa é uma pergunta que parece remeter a uma noção de que a Filosofia contemporânea (como em toda a sua história passada) seja intra-sistêmica, isto é, que haja nela um conjunto teorias, princípios ou métodos comuns aos diversos pensadores. Ora, se os estudiosos da Filosofia não pudessem acreditar na possibilidade de uma ordenação das reflexões filosóficas, ela não poderia nem mesmo existir como disciplina. Acontece que a Filosofia contemporânea apresenta-se com uma quantidade tão grande, tão diversa de temas e de linhas que parece ser impossível determinar sua unidade. Na interpretação de Gonçaléz Porta (2002, p. 157 ss.), a Filosofia contemporânea é heterogênea porque se desenvolveu “no marco de uma divisão esquizóide”: “analíticos”, de um lado e “fenomenólogos-hermeneutas”, de outro. Mesmo assim, é possível superar essa idéia de um “abismo irredutível” porque encontramos uma unidade centrada na semântica: “Filosofia contemporânea é basicamente, ou pelo menos de modo essencial, ‘também’ ‘teoria da significação’ (Bedeutungslehre), pois a centralidade do conceito de sentido é comum a ambas as tradições” (Gonçaléz Porta, 2002, p. 172). Ora, se entendemos por semântica, no sentido estrito, como a doutrina que considera a relação dos signos com os objetos aos quais se referem, ou mesmo como uma teoria do significado, então a semântica se vincula com a lingüística ou, no sentido mais amplo de Ferdinand de Saussure, com a semiótica. Portanto, o problema da filosofia contemporânea está diretamente vinculado ao problema semiótico, ou lingüístico, no sentido mais estrito. Do ponto de vista da ciência, há um total abandono da “esperança e da pretensão de uma apreensão e comunicação