PROJECTO FINAL IMTT
CURSO DE INSTRUTOR DE MEDITAÇÃO MARÇO 2015
Cristina Sousa Velha
O caminho da felicidade
«Permanecer sentado, calmo e consciente, não parece contribuir para o PIB mas contribui decerto para algo incomparavelmente mais importante, a FIB, a Felicidade Interna Bruta, sem a qual o crescimento do PIB não só não faz sentido como resulta na verdade de factores nocivos, pois há mais consumo (por exemplo, de álcool, drogas, antidepressivos e outros fármacos) e trocas comerciais em sociedades e populações mais doentes, stressadas, deprimidas e insatisfeitas…» Paulo Borges, O Coração da Vida, ed. Mahatma, jan. 2015, pág. 11
1. Afinal de contas, o que é essa coisa da meditação?
A prática da meditação não é uma actividade mística, extática ou reservada aos guias, mestres, praticantes em busca da iluminação, etc., e também não requer uma posição exigente, complicada, ou rígida.
A meditação é muito mais presente e inata ao homem do que se pode pensar numa abordagem superficial.
Meditar é, antes de mais, focar a atenção em determinado aspecto da consciência ou vivência, numa acção contemplativa. Esse foco de atenção deliberada, consciente e concentrada é uma actividade que exercemos de forma automática no nosso dia-a-dia com bastante mais frequência do que nos apercebemos: assim, ler um livro, ver um filme, dançar, correr ou praticar qualquer desporto, concentrar-se seja no que for, são formas de meditação.
A meditação é, também, uma forma de nos enraizarmos, centrarmos, curarmos, e é natural e comum ao ser humano, assumindo diversas formas ou práticas, todas válidas, transformadoras e recompensadoras.
Com raízes na meditação budista zazen, largamente difundida no ocidente, a meditação transpessoal por sua vez consiste num método ou técnica pelo qual se pratica a interiorização, afastando os estímulos sensoriais e emotivos exteriores, cultivando a atenção plena e focagem consciente, elegendo-nos como testemunhas / observadores dos nosso próprios processos