programa genetico
Podemos afirmar que todos os seres vivos estão programados. Um programa de desenvolvimento que passa por diferentes fases e que culmina (ex.) com o florescimento de uma flor com características muito precisas que a distinguem de todas outras.
Também os animais cumprem um programa que os leva a agir e a viver de uma dada forma. O comportamento dos animais está assegurado por um conjunto de instintos que determinam comportamentos adaptados que asseguram a sua sobrevivência e reprodução.
Estes são programas genéticos fechados, isto é, preveem de forma determinada processos evolutivos, comportamentos caraterísticos de determinada espécie. Nos mamíferos, o caráter determinista e rígido do programa genético não se faz sentir desta maneira. No ser humano há uma grande plasticidade.
• Programa genético aberto
O que distingue o ser humano dos outros animais é o facto de as suas ações não serem definidas por um programa fechado. Sabemos que a nossa estrutura biológica corresponde a programas que nos possibilitam prever o que acontece quando, por exemplo, as glândulas sexuais entram em movimento. Um programa biológico, uma dotação genética explica o processo que nos conduz, através da mutação e do desenvolvimento, do nascimento até à morte.
Há, no entanto, uma grande diferença entre os seres vivos “totalmente” programados e outros animais que são parcialmente programados. No ser humano, esta programação é a menos significativa, por comparação a outros animais – o programa genético é aberto. E essa diferença distingue os seres humanos.
Existe uma programação básica na índole biológica, mas o ser humano não está determinado por um sistema de instintos que defina, à partida, o seu desenvolvimento e o seu comportamento. Os animais apresentam esquemas de comportamento especializados: os leões têm garras que lhes permitem caçar e rasgar as suas presas, os ursos polares suportam temperaturas baixíssimas. Só que estas especializações,