Melhoramento Suinos
Melhoramento Genético de Suínos - Paulo Sávio Lopes1
INTRODUÇÃO
A carne suína é a mais consumida no mundo, visto que representa, de acordo com BLACK (2000), cerca de 39% de toda carne consumida. O consumo per capita passou de 10 kg/hab/ano, em 1970, para 14,3 kg/hab/ano, em 1998. No Brasil, ela ocupa a terceira posição, já que cerca de 13 a 14% da carne consumida no país é suína. Segundo ABCS (2004), em 2003, o Brasil exportou 491.487 toneladas de carne suína, o que representou 12,3% do mercado mundial. As exportações em todo o mundo totalizaram 3.991 mil toneladas, sendo que o Brasil ficou em quarto lugar, atrás somente da União Europeia, do Canadá e dos Estados Unidos.
No Brasil, o melhoramento genético de suínos iniciou-se na década de 70, com a importação de animais da Europa e da América do Norte. Foram construídas, naquela época, as Estações de Testes de Reprodutores Suínos (ETRS) pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). A partir da década de 80, as ETRS tornaram-se obsoletas e passou-se a dar mais ênfase ao Teste de Granja (TG), que consistia na avaliação de machos e fêmeas, no próprio rebanho em que nasciam no que se refere às características ganhas de peso diário, do nascimento aos 154 dias de idade, e espessura de toucinho, aos 154 dias de idade. Nessa mesma época, grandes empresas, como Sadia e Seara, Cooperativas (Coopercentral) e Companhias de Melhoramento (Agroceres PIC) passaram a dominar o mercado de comercialização de reprodutores suínos, e os criadores independentes praticamente encerraram a atividade ou passaram a serem multiplicadores ou produtores comerciais de suínos. Com isso, diversas adaptações foram feitas aos testes ETRS e TG; alguns programas de melhoramento passaram a adotar o teste ETRS original apenas para machos e o teste de granja