Profissao Paradoxal
"Entre todos os trabalhos que são, ou aspiram a ser profissões, apenas do ensino se espera que gere habilidades e as capacidades humanas que possibilitarão aos indivíduos e organizações sobreviver e ter êxito na sociedade do conhecimento nos dias de hoje. Dos professores, mais do que qualquer outra pessoa, espera-se que construam comunidades de aprendizagem, criem a sociedade do conhecimento e desenvolvam capacidades para inovação, flexibilidade e o compromisso com a transformação, essenciais à prosperidade económica. Ao mesmo tempo, os professores devem também mitigar e combater muitos dos imensos problemas criados pelas sociedades do conhecimento, tais como o consumismo excessivo, a perda da noção de comunidade e o distanciamento crescente entre ricos e pobres. No atingir esses objetivos simétricos reside o seu paradoxo profissional. A educação – e consequentemente, escola e professores - deve estar ao serviço da criatividade e da inventividade.”
Hargreaves
Um dos livros mais interessantes que li nos últimos tempos (juntamente com O valor do amanhã, do economista Eduardo Giannetti) é O paradoxo da escolha: porque mais é menos (Ed. Girafa, 2007), escrito por Barry Schwatz, psicólogo e professor de Teoria Social e Ação Social da Faculdade Swarthmore, na Filadélfia. O que o autor defende neste brilhante livro, pode ser resumido nos seguintes pontos, extraídos do prefácio (p. 20):
1- Sentir-nos-íamos mais felizes se aceitássemos determinadas restrições voluntárias à nossa liberdade de escolha, em vez de nos revoltarmos contra elas;
2- Sentir-nos-íamos mais felizes se buscássemos aquilo que fosse "suficientemente bom" em vez de buscar o melhor (você já ouviu algum pai dizendo "quero apenas o que for 'suficientemente bom' para os meus filhos"?);
3- Sentir-nos-íamos mais felizes se baixássemos as expectativas quanto ao resultado das nossas decisões;
4- Sentir-nos-íamos mais felizes se as decisões que tomássemos fossem