Professora
Segundo a autora, das muitas transformações que ocorreram na economia brasileira a partir da década de 30, o processo de industrialização do país e as políticas governamentais, principalmente por intermédio do estado, merecem destaque.
Em relação aos estudos voltados para o exame de toda a origem de estruturação política agrícola, existe uma carência muito grande, no período histórico considerado.
Como ponto de análise, a autora nos destaca alguns momentos históricos. O período de 1930 a 1945 é marcado por grandes mudanças na economia brasileira. Tais mudanças ocorreram por intermédio das políticas governamentais e em parte pela industrialização substitutiva de importações. Dentre essas políticas governamentais, algumas podem ser destacadas como o CREAI (Carteira de Crédito Agrícola e Industrial), instituída em 1937 pelo Banco do Brasil, e a CEP (Comissão de Financiamento da produção). Essas entidades são frutos do crédito rural. O que se pode observar também nesse período é a criação de um conjunto de entidades voltadas para o campo da pesquisa, como o SNPA (Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas), além do estabelecimento do ensino agronômico e veterinário de nível superior.
O crédito rural, como nos destaca a autora, propiciou aos agricultores três vantagens especiais, como a disponibilidade de recursos para o financiamento de suas atividades, o estabelecimento de prazos e a fixação de taxas de juros favorecidos. Essas medidas trouxeram como ponto positivo a ampliação dos empréstimos bancários e um crescimento considerável da produção agropecuária.
Entre os anos de 1946 a 1964 as políticas agrícolas do governo federal estiveram mais voltadas para o estímulo da produção via mecanismo de mercado e os instrumentos dessa política agrícola residiam na administração dos preços de alguns produtos,