Professora
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FSIOTERAPIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A CULTURA DOS SURDOS
Acadêmicos: Jones, Micheli Esberci, Marília
Disciplina: LIBRAS Língua Brasileira de Sinais
Passo Fundo,2012
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, as pesquisas interdisciplinares sobre surdez e sobre as línguas de sinais, realizadas no Brasil e em outros países, tem contribuído para a modificação gradual da visão dos surdos, compartilhada pela sociedade ouvinte em geral.
Esses estudos têm classificado os surdos em duas categorias: * Os portadores de surdez patológica, normalmente adquirida em idade adulta; * E aqueles cuja surdez é um traço fisiológico distintivo, não implicando, necessariamente, em deficiência neurológica ou mental; este é o caso da maioria dos surdos congênitos. Em alguns casos, apesar do bloqueio auditivo, o seu domínio da língua oral pode se equiparar aos ouvintes, através do uso da leitura labial, o uso de aparelhos, implantes auditivos e acompanhamento fonoaudiológico. No caso de surdos que dominem apenas a língua de sinais, o fato de integrarem um grupo linguístico-cultural distinto da maioria linguística do seu país de origem, equipara-os a estrangeiros. Porém, o fato de não disporem do meio de recepção da língua oral, pela audição, coloca-os em desvantagem em relação aos imigrantes, com respeito ao aprendizado e desenvolvimento da fluência nessa língua. Essa situação justifica a necessidade da mediação dos interpretes em um vasto número de contextos e situações do quotidiano dessas pessoas. Ainda que faça uso da leitura labial, o surdo sinalizado pode ter dificuldades de compreender a língua oral, visto que, essa técnica o habilita, quando muito, a perceber apenas os aspectos articulatórios da fonoaudiologia da língua. Daí sua enorme necessidade da mediação do intérprete de língua de sinais.
No Brasil, existem pelo menos duas situações em que a lei confere ao surdo o direito a intérprete de LIBRAS: