Professora
Em relação ao primeiro poema, “Senhor Feudal”, percebe-se a presença da síntese no texto. Em poucas palavras, o poeta faz uma crítica à sociedade e demonstra a aproximação do caráter colonial com a realidade linguística. É perceptível também a forma como o autor utiliza a linguagem de forma coloquial para dar ênfase à sua crítica aos estilos literários e propõe a “devoração simbólica” da cultura do colonizador.
No poema “Noturno” também é perceptível a presença da síntese e o significado da palavra noturnoevidencia a técnica cubista, prevalecendo as formas geométricas: o círculo da lua e as retas do trem e do meridiano. O título é ambíguo, podendo fazer alusão a um tipo de composição musical romântica (os noturnos de Chopin) quanto à um trem noturno.
O poema “Pronominais” cria uma oposição entre a língua falada e a Gramática propriamente dita. Há aí uma quebra entre a imagem e a realidade concreta. Oswald de Andrade faz uma crítica ao bom uso da gramática e homenageia em seus versos a fala coloquial, a popularidade da língua.
Em “Relógio”, Oswald utiliza as palavras com sonoridade uma espécie de onomatopeia imagética. Utiliza-se disso para sustentar o poema.
O poema “Ideal Bandeirante” retrata o verdadeiro ideal dos sucessores dos bandeirantes que preocupavam-se com seus grandes feitos. A ruptura com o passado está presente nesse poema dar-se-á no tocante à nova forma de pensamento do paulista no século XX que preocupa-se com casas em locais cômodos e de boa aparência. Não tem preocupação em ‘fazer história’, diferente do verdadeiro ideal bandeirante.
“Bengaló” por sua vez, representa um exemplo de texto cubista, pois o texto é apresentado em cortes, fragmentos.