professora
MEZZOMO, A. G., ROSA, L. O da, CAMASSOLA, M.
Introdução
Os fungos são organismos decompositores de grande importância ecológica em ecossistemas florestais, pois realizam a mineralização dos compostos orgânicos, tornando-os disponíveis no solo. Os macrofungos, fungos com fase sexuada visível a olho nu, estão inseridos nos Filos Basidiomycota e Ascomycota. Apesar de sua grande importância, há uma carência muito grande no conhecimento taxonômico dos fungos, sendo a diversidade existente em grande parte ainda desconhecida. Hawksworth (2001) estimou a existência de cerca de 1,5 milhões de espécies de fungos no mundo, enquanto Blackwell (2011), estimou 5,1 milhões de espécies. Apenas cerca de 100.000 espécies já foram identificadas e descritas até o momento (Kirk et al., 2008), o que representa aproximadamente 6,6% e 1,9% das estimativas citadas, respectivamente. No Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, foram listadas 4.649 espécies de fungos para todo território, sendo 206 considerados endêmicos. Para o estado do Rio Grande do Sul foram registradas 1119 espécies até o momento (Maia & Carvalho, 2013). Assim como outros organismos, os fungos possuem a sua riqueza afetada quando há redução das áreas florestais e diversidade florística, retirada da madeira morta, fragmentação de habitat e o pisoteio do gado. Lizon (1993) já previa que cerca de um quinto das espécies de fungos europeus seriam extintas em 10 anos. Na Europa, a maioria dos países tem uma Lista Vermelha para os macrofungos, e muitos deles possuem espécies protegidas por leis. Já no Brasil, pouco se tem feito para a conservação deste grupo. A maioria das pesquisas realizadas em níveis gerais de biodiversidade exclui os diversos grupos de fungos, talvez pela dificuldade de taxonomia que aqui se estabelece ou pelo desinteresse em incluir este grupo. Porém, a sua importância ecológica nos ecossistemas torna evidente a