Abolicionismo no Brasil
A Lei Áurea - causas e consequências
A campanha que pôs fim à escravidão no Brasil contou com diversas tentativas emancipacionistas que buscavam a extinção gradual, moderada, progressiva do trabalho escravo e que defendiam na imprensa e nas tribunas que a libertação fosse feita em etapas, por meios pacíficos e legais, enquanto os abolicionistas desejavam a abolição total e imediata da escravidão. Até a promulgação definitiva da Lei Áurea, muitas leis foram criadas no sentido de ‘libertar lentamente’ os trabalhadores forçados. Em setembro de 1871 foi criada a Lei do Ventre Livre, que proibia o trabalho de negros escravizados que não haviam atingido a maioridade; e a Lei dos Sexagenários, favorável aos escravos de mais de 60 anos. Outros fatores que impulsionaram o emancipacionismo foi a Guerra do Paraguai, que se estendeu de 1864 a 1870 e milhares de escravos foram libertados para combater no lugar de seus proprietários e influencias americanas, inglesas, francesas, que demonstravam que o progresso só era possível a partir do fim da escravidão e inegavelmente o caráter libertário de nossa “Redentora” Isabel, que havia lutado pela aprovação da Lei do Ventre Livre e financiava com dinheiro próprio a alforria de escravos e o Quilombo do Leblon, que cultivava camélias brancas ,a flor-símbolo da abolição. Portanto, a abolição transformou-se num caminho sem retorno, quando o exército, em outubro de 1887, manifestou-se em petição à princesa Isabel, solicitando dispensa de perseguir os escravos fugidos. No final de 1887, a maioria dos fazendeiros acabou por se converter ao anti escravismo ou melhor, por se resignar a ele e depois de diversas tentativas empenhadas pelos integrantes da Campanha Abolicionista, finalmente em 1888, a Lei Áurea foi assinada pela Princesa. Porém, para a família imperial