professora

1970 palavras 8 páginas
Pedagogia do Oprimido Educação libertadora consiste, a priori, no ato de construir conhecimento e não de receber informação. Em outras palavras, a Educação libertadora não pode e não deve subordinar-se aos interesses do opressor. Uma pergunta instigante: O quê é que determina a compreensão da realidade onde cada um de nós está inserido? Paulo Freire sustenta que a realidade está em permanente mutação. Ela é um processo dinâmico que interage de modo nuclear e visceral com o pensamento crítico e com as emoções. A realidade não é estática, imutável, previsível ou compartimentalizada. Muitos professores parecem transmitir a (falsa) idéia de que seria assim. Mas não é! Assim, parece indagar o autor: qual é a educação mais apropriada para os oprimidos? E para os que não são oprimidos? A Educação é uma força subversiva – propõe o pensador. De uma forma muito particular pode-se afirmar, segundo ele, que a Educação é, ao mesmo tempo, subversiva e libertária. Pode ser perigosa, também. A Educação pode ser enxergada como o exercício da dominação, a qual pode impor falsas crenças, internalizando no espírito dos estudantes viéses ideológicos de forma a “moldá-los” aos mundo dos opressores. Esta fabulosa reflexão revela a evidência dramática da forma como os oprimidos poderiam recriar suas próprias realidades superando a opressão, a partir do estabelecimento da Educação como uma trilha luminosa para a libertação. Unidade e organização poderiam habilitar os estudantes a transmutar suas fraquezas em força transformadora com a qual eles (os oprimidos) poderiam recriar o mundo e humanizá-lo, minimamente. As classes opressoras aniquilam o pensamento crítico dos oprimidos: “Por quê?” Os opressores, a priori, não querem que os oprimidos pensem criticamente. Eles não querem que os oprimidos tenham nenhum tipo de Educação baseada na aprendizagem crítica. O modelo adotado é a da educação pré-fabricada que garante a subordinação do oprimido ao opressor

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