professora
LER E ESCREVER NA ESCOLA: O REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO.
Inicialmente esta obra é recomendada, por Emilia Ferreiro, para ser lida em grupo. Ela faz a abertura (prefácio), afirmando que este é um livro necessário, alimentado na ação e na reflexão, por isso, a leitura em grupo. São textos feitos para um público latino-americano, todos eles centrados na compreensão e transformação da prática docente em alfabetização na educação básica.
Explica que nenhuma das situações de indagação psicolingüística apresentadas no livro tem intenção didática, mas a simplicidade das tarefas propostas às crianças é tanta que, inevitavelmente, suscitaram nos leitores atentos a preocupação de as reproduzirem.
Chama a atenção para o papel da didática da língua materna, “se a escola assume plenamente sua função social de formar leitores e produtores de texto, as práticas sociais vinculadas com o uso da língua escrita não podem ser periféricas, mas sim centrais ao programa escolar”. (Em vez de ensinar gramática com a pretensão de que isso ajude a escrever “e de mostrar belos textos” com a pretensão de que isso "ajude a formar juízos estéticos em relação à língua e a avaliar o "bem dizer", o que se propõe é uma reflexão gramatical "no ato" e uma reflexão explícita, mas não teórica, sobre a língua em tarefas de corrigir, comparar, utilizar modelos, etc.)".
E faz um alerta a respeito da transposição didática, questionando qual é a ciência que se ocupa da conceituação das práticas de leitura e escrita, "por acaso será a história a disciplina de referência? Ou a didática está interpelando a sociologia ou a antropologia da leitura e da escrita para que contribuam para construir seus parâmetros de referência?" Afirma que Delia tem consciência da dificuldade em relação a estas questões e nos diz que as práticas atuais serão objetos de novos estudos no futuro, a partir da perspectiva sociológica e histórica, mas enquanto isso faz-se necessário recorrer a uma análise