Professora Pós-Graduada
Cecília Azevedo Lima Collares e Maria Aparecida Affonso Moysés
Pessoas normais, saudáveis que apresentam dificuldade nos processos de escolarização e nos modos de se comportar, modos diferentes de aprender, fugindo do que é considerado normal.
Considerados anormais por quem? A partir de quê? Por quê?
Por que não aceitar que pessoas são diferentes, agem e lidam com as situações de formas distintas? Ou é mais fácil e vantajoso vê-los como doentes sociais procurando transformar a todos em seres unificados, inventando pretensas doenças neurológica, que jamais foram comprovada, doenças como do não-aprender e do comportamento. Transformando as dores da vida em doenças.
Busca crescente de padronização e uniformização de todas as pessoas.
“A medicalização naturaliza a vida, todos os processos e relações socialmente constituídos e, em decorrência, desconstrói direitos humanos, uma construção histórica do mundo da vida.” (Moysés e Collares, 2007). Vemos muitos autores em uma incansável luta contra a medicalização da vida, em particular, no campo educacional e comportamental.
Jeca Tatu: inferioridade intelectual da classe trabalhadora, produzida pela desnutrição, verminose, anemia... (preconceitos)
Distúrbio= turbare “alteraçãoviolenta na ordem natural” + dis “alteração com sentido anormal, patológico”. ( alteração violenta na ordem natural por anomalidade patológica).
Distúrbio de aprendizagem = “alteração violenta na ordem natural da aprendizagem por anormalidade patológica”
1896 – James Hinshelwood, oftalmologista em Glasgow – cegueira verbal congênita, distúrbio de leitura que seria provocado por um defeito genético. Tratamento: orientação à professora para que não fizesse a menina ler em voz alta, com grande melhora em seu aprendizado.
1918 – Strauss, neurologista americano – Lesão Cerebral Mínima: lesão cerebral pequena demais para acometer outras funções neurológicas, mas