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i. Falácias da ambiguidade
1. Equívoco
É uma falácia que consiste em usar uma afirmação com significado diferente do que seria apropriado ao contexto.
Os assassinos de crianças são desumanos. Portanto, os humanos não matam crianças. - Essa frase joga com o significado da palavra humano. Uma coisa é o significado biológico, outra é o significado moral de humano.
Confundir uma afirmação de "pode" com uma afirmação de "deve":
(Argumentador A): Acho que hoje deve chover.
(Argumentador B): Você está dizendo que hoje necessariamente irá chover? Você é profeta?
2. Anfibologia
A anfibologia na lógica aristotélica, designa uma falácia baseada no dúbio sentido - proposital ou não - da estrutura gramatical da sentença de modo a distorcer o raciocínio lógico ou a torná-lo obscuro, incerto ou equivocado. A ambigüidade pode ser proposital ou inconsciente (ato falho) ou, ainda, dar-se por mero descuido do falante ou do escritor ao organizar as palavras do enunciado. Pode ser usada como recurso falacioso de argumentação e o recurso estilístico na poesia.
Venceu o Brasil a Argentina - Quem foi o vencedor: o Brasil ou a Argentina?
Meu pai foi à casa de José em seu carro. - No carro de quem, de José ou do pai?
Oi Pedro, Lucas lavou seu carro sujo hoje. - O carro de quem, de Lucas ou da segunda pessoa (você)?
Na década de 70, os jogadores do Vasco não levavam os treinos a sério, como acontecia no Cruzeiro. - O que acontecia no Cruzeiro? O autor da frase quis equiparar os jogadores do Cruzeiro aos do Vasco ou, ao contrário, quis fazer uma oposição, afirmando que os cruzeirenses levavam os treinos a sério, diferentemente dos vascaínos?
Onde está a cadela da sua mãe? - Está-se referindo à cadela que pertence à mãe ou está-se insultando-a?
Um ladrão roubou o carro do homem que estava perto da árvore. - O que estava perto da árvore, o carro ou o homem?
Pessoas que desobedecem as leis de trânsito frequentemente são multadas. - Desobedecem as