PROER E SETOR BANCARIO
1 – O PROER no centro da reestruturação bancária brasileira dos anos 90. (2005, Carlos Augusto Vidotto.)
Disponível em: http://www.uff.br/econ/download/tds/UFF_TD172_vf.pdf
O trabalho acadêmico desenvolvido por Vidotto (2005) visa ressaltar a importância do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER) como indutor de uma completa reestruturação do sistema bancário brasileiro a partir de meados dos anos 90.
Em tal artigo o autor visa retratar primeiramente a necessidade de implatação do programa como um instrumento para uma estabilização do sistema financeiro nacional. Devido à herança dos períodos de hiperinflação, várias instituições bancárias acostumadas a especular com títulos do tesouro e desenvolver mecanismos marginais de ganhos com variações bruscas nas taxas de juros. Logo a seguir, o autor destaca o setor externo e a vulnerabilidade domestica que os agentes financeiros.
Com a estabilização e preços provocados pelo plano real em 1994, muitas instituições bancárias se viram em dificuldades para se adaptar às novas condições da economia. O fim das chamadas “rendas inflacionárias” juntamente com restrições impostas pela nova política monetária levou a um processo que culminou em uma crise estrutural e de liquidez crediticia de varias instituições bancárias. Em meados de 1995 chegando ao ponto de uma migração em massa de depositos a dos pequenos bancos para instituições de maior porte e consideradas sólidas que por sua vez não expamdiam seu crédito no mercado. Assim sendo o governo através do BACEN deu inicio uma série de intervenções que mudaram o cenário financeiro do país a partir de 1995. O PROER assumiu papel principal na mudança estrural que se ocorreu no modelo bancário brasileiro, a ideia inicial era identificar os bancos com maior passivo descobeto e classificar seus ativos como bons ou ruins (utilizando o conceito de good bank/bad bank). Bancos classificados como ruins teriam seus