Produção Sucroalcooleira
Maior exportador de álcool do mundo (detém cerca de 60% do negócio internacional) e com uma produção de açúcar girando em torno de 25 milhões de toneladas anuais (dessas, 15 milhões são exportadas), o Brasil figura como um dos principais produtores sucroalcooleiros do planeta. A cana-de-açúcar, fonte de renda para o país desde os tempos de colônia, é ainda hoje grande expoente do agronegócio brasileiro. Além disso, as cerca de 250 usinas do ramo existentes no país atualmente necessitam de mão-de-obra qualificada para dar continuidade ao sucesso do negócio.
O mercado sucroalcooleiro movimentou em 2007 cerca de R$ 41bilhões por ano, com faturamentos diretos e indiretos que correspondem a aproximadamente 3,65% do PIB brasileiro. Na safra 2006/07 foram produzidos 420milhões de toneladas de cana, que resultaram em um total de 30 milhões de toneladas de açúcar e 17,5 bilhões de litros de álcool (PROCANA, 2007).
O Estado exerceu o papel de regulador do sistema agroindustrial sucroalcooleira durante as décadas de 30 a 90. Eram estabelecidas cotas de produção de açúcar e álcool para cada usina, os preços de cana-de-açúcar, do açúcar e do álcool e controlava-se a comercialização dos produtos. Com isso era possível a conciliação dos interesses dos agentes do complexo (OLIVEIRA, 2005). O processo intervencionista ocorreu em consequência do fato de que o setor sucroalcooleiro sempre passou por ciclos de superprodução e o controle das variáveis do setor tinha o objetivo de preservar o equilíbrio entre produção e consumo, utilizando-se tanto de planos de safra quanto de políticas de preço e crédito (MORAES, 2000).
A década de 90 começou com o governo brasileiro acabando com os descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros a álcool. Simultaneamente, o setor sucroalcooleiro foi desregulamentado e aboliram as cotas regionais, o controle da exportação e dos preços. A única medida que restou do programa original, foi a