PRODUÇÃO IND
Institute for International Trade Negotiations
Câmbio, Exportações e “Doença Brasileira”
RELATÓRIO FINAL
MARCOS S. JANK
(Coordenador)
Presidente do ICONE e Professor da FEA-USP
ROBERTO IGLESIAS
Professor da PUC-RJ
SIDNEY N. NAKAHODO
Pesquisador do ICONE e do Kiel Institute for the World Economy
FERNANDO D. CHAGUE
Pesquisador da EESP/FGV-SP
MARCELO M. MOREIRA
Mestrando em Economia pela FEA-USP e bolsista do ICONE
SÃO PAULO (SP)
JULHO DE 2007
1. SUMÁRIO EXECUTIVO
O objetivo deste estudo é analisar o impacto da apreciação da taxa de câmbio efetiva real sobre as exportações por meio da avaliação da estrutura das exportações e de indicadores de vantagens comparativas, concentração e rentabilidade. Complementarmente, efetuamos uma série de exercícios estatísticos a fim de identificar possíveis correlações entre o câmbio e os volumes exportados de diversas séries de produtos. A seguir, sintetizamos os principais resultados obtidos:
Estrutura de exportação
A participação das commodities no total exportado não se alterou substantivamente entre 1996 e 2006, nem depois do recente processo de apreciação real.
A participação do agronegócio caiu entre 2003 e 2006. A grande novidade foi o aumento da participação dos combustíveis.
Os combustíveis - e não o agronegócio - são os responsáveis pelo pequeno aumento da participação das commodities.
O aumento da participação das commodities foi um fenômeno generalizado, motivado pelo aumento de preços internacionais desses produtos e pela queda dos preços de produtos de alta tecnologia.
Houve uma melhora do saldo da balança comercial de cada uma das categorias, tanto entre commodities quanto entre diferenciados, com exceção dos produtos de alta tecnologia.
Preços e volumes exportados
O crescimento médio anual dos preços de todos os tipos de produtos foi maior entre
2002 e 2006