Produção em massa e produção enxuta
O sucesso dessa fórmula está refletido atualmente, 100 anos após a fundação da Ford, em números. A companhia, segunda maior do mundo no setor automobilístico, atua em 25 países, abriga 106 fábricas e produziu, em 2001, 7 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Detém ainda as marcas Jaguar, Mazda, Volvo, Land Rover, Aston Martin, Mercury e Lincoln.
Além de carros, Henry Ford fez escola e revolucionou a produção industrial no planeta. A visão empreendedora do norte-americano, nascido no estado de Michigang, em 1863, de fabricação em série, em larga escala e que assegurasse preços acessíveis aos consumidores, garantiu a ele lugar em capítulos de todos os livros de administração e o nome de um modelo produtivo: o Fordismo.
Sua fórmula baseou-se especialmente naquilo que Taylor, o pai da administração científica, preconizava: dividir as funções, numa fábrica, em dois níveis, o do planejamento e o da execução. Ford cercou-se dos melhores profissionais para planejar sua indústria e administrá-la e, nas fábricas, promoveu a segmentação máxima do trabalho.
O que Henry Ford fez de revolucionário foi aplicar, em sua empresa, conceitos que a levaram a excelentes índices de eficiência. Essa estratégia tinha um objetivo, divulgado já nas primeiras propagandas: "Construir e comercializar um automóvel especialmente projetado para o uso e abuso de todos os dias - nos negócios, na área profissional, na família (...). Uma máquina que será admirada tanto pelos homens como pelas mulheres e pelas crianças, por ser compacta, simples, segura e por sua conveniência para tudo (...). E por seu preço excepcionalmente razoável, que a coloca ao alcance de milhares que não poderiam sequer pensar nos preços comparativamente fabulosos da maioria