Produção de mudas via seccionamento do talo do abacaxi
CAULE
ESPOSTI, M. D. D.1; VARGAS, R. R1; FOSSE FILHO, E.2; SANTOS, R. M.2; ZANOL, J. A.1; HAUTEQUESTT, E.
L.1; ALTOÉ, J. A.1; DALBOM, F. L.1
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INCAPER/Itapemirim-ES, itapemirim@incaper.es.gov.br; 2EAFA/Alegre-ES, eafa.cdi@terra.com.br
Existe uma tradição na região litorânea sul do Espírito Santo de se cultivar abacaxi, principalmente no município de
Marataízes. A área plantada com abacaxi em Marataízes está entorno de 2.700 ha, dos quais 1.200 ha estão em produção, o que leva a uma estimativa de colheita de 24 milhões de frutos, com rendimento médio de 20.000 frutos por hectare. Contudo, a produtividade da cultura no município de Marataízes é considerada baixa por causa da má qualidade das mudas e da ocorrência de doenças. As perdas decorrentes de doenças, no caso a fusariose, podem ser superiores a
30% da produção. As cultivares plantadas atualmente na região (´Jupi` e ´Pérola`) são sensíveis à fusariose, sendo a muda a principal fonte de disseminação dessa doença. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a produção de mudas de abacaxi da variedade ´Jupi` a partir do seccionamento do caule, bem como a incidência de fusariose nas fases de viveiro e campo. As secções do caule foram obtidas de lavouras comerciais, localizadas no município de Marataízes,
ES. Após a colheita das plantas que já haviam produzido frutos e mudas, retirou-se as folhas, o pedúnculo e as raízes, seccionando longitudinalmente o caule ao meio, produzindo duas secções de aproximadamente 12 cm de comprimento.
As secções foram imersas numa solução fungicida-inseticida (Orthocid 500 e Confidor 700 WG) durante 5 minutos.
Após o tratamento, as secções foram espalhadas e mantidas a sombra durante uma semana, sendo então plantadas na posição horizontal em oito canteiros (1,20 m x 11,0 m), no espaçamento de 0,15 x 0,15 m, num total de 3.000 secções, as quais receberam todos os tratos culturais