Produção cultural no renascimento
Linha conceptual
O Renascimento conheceu a promoção do individualismo. Nos palácios e nas cortes, as elites cortesãs e burguesas sobressaíam pelo luxo, pelas maneiras, pelos talentos culturais. Especialmente apreciados foram os intelectuais e os artistas, que mereceram as maiores honras e justificaram o mecenato.
Os intelectuais do Renascimento são conhecidos pelo nome de humanistas. Apaixonados pelos textos gregos e latinos, absorveram os seus valores antropocêntricos, fazendo da cultura antiga um instrumento formativo da personalidade humana. Preocupados com a construção de um mundo melhor, não deixaram de criticar as vilanias do presente, às quais contrapuseram as utopias. A paixão pelos clássicos perseguiu também os artistas, apostados na exaltação da figura humana, no equilíbrio das linhas arquitectónicas, na perfeição e na racionalidade das composições. Não se limitando aos Antigos, foram, todavia, capazes de os ultrapassar. Provam-no a técnica da pintura a óleo, a perspectiva e o naturalismo.
Em Portugal, o ambiente cultural da corte régia revelou-se favorável ao surto das letras e das artes. A erudição humanista fez-se sentir no ensino e na produção de notáveis obras literárias.
Quanto à arte, apesar da pujança do Gótico, que se renovou na exuberância do Manuelino, haveria também de registar influências do Classicismo.
1. Constatar a existência de atitudes socioculturais de cariz individualista.
Dessas atitudes salientam-se a ostentação das elites cortesãs e burguesas, a prática do mecenato e o estatuto de prestígio dos intelectuais e artistas.
2. Mostrar como se fez sentir a ostentação das elites cortesãs e burguesas.
O tempo do renascimento viu nascer uma atitude optimista de exaltação da vida, onde as elites sociais ou cortesãs juntamente com burgueses procuravam a ascensão. Tratava-se de uma situação particularmente notória na Itália, mercê da próspera situação económica das suas cidades-Estado e da sua bem