Produçao de caprinos
A criação de caprinos e ovinos no Nordeste Brasileiro é praticada desde a colonização, principalmente pelo fato dessas espécies serem mais adaptadas às condições ambientais e climáticas desfavoráveis do que a maioria das outras espécies.
A região Nordeste está em mais de 80% coberta pela vegetação nativa da Caatinga. Este tipo de vegetação é utilizado como a principal fonte de alimentação para a maioria dos rebanhos. No entanto, durante a época seca o uso da vegetação como única fonte alimentar limita o potencial produtivo dos rebanhos.
A pesquisa científica nesta região procurou ao longo dos últimos trinta anos, desenvolver tecnologias para otimizar o uso da vegetação nativa através de técnicas sustentáveis de uso da Caatinga; bem como, desenvolveu e aprimorou o uso de outras fontes de alimentação para estes rebanhos, principalmente durante a época seca.
Associado à melhoria da alimentação do rebanho foram desenvolvidas também técnicas para melhorar o desempenho reprodutivo e produtivo do rebanho. E, um manejo sanitário específico para as espécies, considerando o ambiente foi cuidadosamente trabalhado e, hoje, para as enfermidades mais importantes, existem recomendações que auxiliam os produtores no manejo da criação de caprinos e ovinos.
Os caprinos são adaptados tanto em ambientes mais favoráveis ao seu desenvolvimento quanto às mais extremas condições climáticas, de aridez e de limitações topográficas como áreas de montanha.
Com relação ao hábito alimentar, os caprinos são classificados como de hábito intermediário ou misto, já que possuem a capacidade de consumir tanto alimentos de maior valor nutritivo (concentrados) como alimentos mais ricos em fibras (capins). Alguns destes animais são flexíveis e variáveis ao longo do ano de acordo com o período da vegetação. Como principal característica deste grupo está maior preferência por conteúdo celular (proteína) e uma menor capacidade de digerir celulose (fibra).
Quanto ao