Processos Decisórios
Por muitos anos, adaptação às mudanças do ambiente tem sido uma área central do estudo das organizações (GINSBERG; BUCHHOLTZ, 1990; HREBINIAK; JOYCE, 1985). Como as organizações vivem cada vez mais em ambientes dinâmicos, os estudos do processo de adaptação estratégica organizacional têm sido enfatizados como de fundamental importância pelos teóricos das organizações. Enquanto a literatura conceitual sobre adaptação organizacional tem geralmente assumido que mudanças ambientais levam à mudança organizacional, esta questão não tem recebido grande atenção da investigação empírica (BOEKER; GOODSTEIN, 1991; ZAJAC; SHORTELL, 1989).
O processo de adaptação às contínuas mudanças no ambiente da organização, chamado de administração estratégica (SCHENDEL e HOFER, 1979), exige dos gerentes não somente enfrentar as mudanças ocorridas no ambiente da organização, mas também lidar com mudanças causadas pelos processos internos da organização (GREINER, 1972).
Embora teóricos da estratégia organizacional como Andrews (1971), Chaffee (1985), Child (1972),
Miles e Cameron (1982), Schendel e Hofer (1979), Jennings e Seaman (1994) sugiram que os gerentes organizacionais mudam suas estratégias para refletir as mudanças nas condições de seus ambientes, outros como Boeker (1989), Hannan e Freeman (1984), Kelly e Amburgey (1991), Pfeffer e Salancik
(1978), Quinn (1980), apud Jennings e Seaman (1994) têm afirmado que as organizações são restringidas na sua habilidade para adaptarem-se.
Portanto, o debate existente entre os estudiosos do processo de adaptação estratégica tem se centrado, fundamentalmente, em dois aspectos: a) a visão determinista que considera o ambiente como elemento principal na definição das estratégias orga nizacionais e, b) a visão voluntarista ou da escolha estratégica que defende a organização como tendo capacidade de manipular o ambiente em função de suas capacidades materiais e organizacionais. (ROSSETTO, 1998;