Processos de formação de palavras
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologismos) e outros mudam de significado com o passar do tempo.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos a seguinte divisão:
•palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)
•palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)
•palavras simples - só possuem um radical (couve, flor)
•palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente)
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de formação:
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois tipos de composição.
•justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, sexta-feira);
•aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de elementos (pernalta, de perna + alta).
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de afixos. São cinco tipos de derivação.
•prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil);
•sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);
•parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;
•regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / de ajudar);
•imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio a comum).
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para formação de palavras, como:
•Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por