“Processos de articulação de frase à luz das gramáticas tradicionais.”
Em se tratando de análise sintática, muitas são as divergências verificadas entre os gramáticos tradicionalistas e os funcionalistas, pois enquanto a gramática normativa tem como foco principal a conceituação e a organização estrutural das frases, e estas em um período cujas funções e relações estabelecidas se encontram expostas de modo complexo, o que exige do aluno um olhar mais apurado e uma criticidade que o leve a refletir sobre todos os aspectos envolvidos nos processos sintáticos.
Adentrando na conceituação de sintaxe, percebemos que Cegalla (1985), Cunha e Cintra (1985) e Rocha Lima (1992) compartilham um pensamento muito próximo, considerando a sintaxe como um estudo de construção e de associação de palavras, enquanto que Sacconi (1984) foge um pouco a esses conceitos, sobretudo na nomenclatura que utiliza, normatizando e restringindo as construções frasais e oracionais a uma “ordem linguística”. Já André (1979) define sintaxe como o estudo do período em sua estrutura, enquanto Cunha (1980) não define o que seja sintaxe em seu manual.
André (1979), Cegalla (1985), Saconni (1984), Cunha (1980), Cunha Cintra (1985) e Rocha Lima (1992) partilham praticamente da mesma visão acerca dos processos de articulação de frases e períodos. Apresentam definições que mesmo sendo bastante sucintas e pouco esclarecedoras, são instigantes, pois nos propõe um desafio: analisar diferentes aspectos sintáticos, nos quais as frases e os períodos estão inseridos, suscitando inúmeros questionamentos no que concerne às normas apresentadas. Os autores se utilizam de uma linguagem objetiva e direta, situacionando os enunciados, atribuindo-lhes um caráter de complexidade, que a princípio denota uma acentuada dificuldade em compreendê-los e interpretar as suas várias nuances sintáticas.
Bechara (2001) mostra uma visão diferenciada, uma maior dimensão de um contexto até certo ponto visto como rebuscado e