Processos cognitivos
António Damásio, através das investigações que levou a cabo, concluiu que uma das actividades reconhecidas como fundamentalmente racionais – a tomada de decisão – recorre também à emoção. Face às várias opções possíveis, o rigor lógico do raciocínio não permite optar: têm de ser convocadas experiências emocionais vividas anteriormente em situações semelhantes. A tomada de decisão depende, assim, de duas vias complementares: raciocínio e experiências emocionais anteriores. Estas experiências emocionais ficariam marcadas no nosso cérebro nas áreas pré-frontais sob a forma de “marcadores somáticos”, segundo Damásio. Numa situação em que é necessário decidir, processar-se-ia uma ligação entre o tipo de situação e o estado do corpo (estado somático). As manifestações corporais associadas à situação vivida simulariam as consequências esperadas, orientando as escolhas, as decisões.
4 Define tendências.
Tendência é um impulso espontâneo que orienta a conduta do individuo. A tendência vai do sujeito para o objecto. Ela responde a uma necessidade interna (pulsões sexuais, afectivas, interlectuais, etc.). Somos levados a realizar os nossos próprios fins com que o mundo nos oferece; a tendência está sempre presente, persistente, inacabada.
6 Distingue, quanto à origem, tendências primárias e secundárias.
Quanto à origem as tendências primárias manifestam-se desde o nascimento e são independentes da aprendizagem (por exemplo não aprendemos a ter fome). Contudo a sua manifestação e expressão são condicionadas por normas e regras sociais (por exemplo: a tendência para a autopreservação: alimentação, conservação, defesa, etc.
As tendências secundárias são aprendidas, adquiridas no processo de socialização e correspondem a necessidades sociais (por exemplo: a tendência para o desporto, para as línguas, para a música, para prosseguir medicina, um curso para educador de infância