processo de urbanização mundial
A desestruturação do Império Romano a partir do século IV e V, ocasionado entre outros motivos pelas invasões bárbaras fez com que a população urbana migrasse para o campo, dando início a um intenso processo de ruralização. O chamado período feudal europeu vai ser marcado pela auto-subsistência dos feudos, as cidades continuam existindo, mas perde muita da sua relevância. Contudo, mesmo com o processo de ruralização, muitas pessoas desligavam-se das atividades rurais e exercia outras atividades dentro dos burgos, nome dado às cidadelas durante a Idade Média, que eram pequenas, sujas, escuras e protegidas por muralhas. Com o tempo as pessoas que moravam no burgo e exerciam atividades ligadas ao comércio foram enriquecendo; deriva daí a denominação de “burgueses” para a classe social ligadas às prósperas atividades comerciais. Essas cidades, com o tempo foram crescendo e conseguindo a sua autonomia em relação ao domínio dos senhores feudal. Cada vez mais, as cidades atraiam todo a tipo de indivíduos, fazendo com que a sua população crescesse. Essa dinâmica própria das cidades foi benéfica para o desenvolvimento das relações capitalistas. A partir do final do século XVII e durante o século XVIII as cidades passaram por grandes mudanças, em decorrência da Revolução Industrial. A revolução industrial alterou a forma de se produzir às mercadorias e as relações de trabalho, mas alterou também profundamente o panorama das cidades. As indústrias passaram a se instalar próximas dos centros urbanos, onde poderia usufruir da mão-de-obra localizável nesses centros, domercado consumidor potencial das grandes cidades. Entre as consequências da Revolução Industrial está a precarização das condições de trabalho e da vida do trabalhador. Esse fator refletiu na cidade, na medida em que as condições de moradias dos trabalhadores eram péssimas. Ao mesmo tempo a Revolução Industrial foi responsável por criar uma barreira entre ricos e pobres, que