Processo de envelhecimento
A população mundial está sofrendo transformações demográficas desde o início do século passado. As diversas sociedades humanas estão deixando de ser aquelas em que havia uma predominância das populações jovens e maduras para se transformar em sociedades que envelhecem cada vez mais. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) vêem mostrando que a proporção da população maior ou igual a 60 anos cresce mais rapidamente do que qualquer outro grupo etário. Estima-se que em 2025, existirá 1.200 bilhão de idosos no mundo e em 2050 esse número alcançará 2 bilhões, com 80% vivendo em países em desenvolvimento, segundo Telles Filho (2007). Veras (1994), em seus estudos epidemiológicos, demonstra que o número de idosos deve aumentar em 15% no período compreendido entre 1950 a 2025, colocando o Brasil como a sexta maior população de idosos no mundo, atingindo aproximadamente 32 milhões de indivíduos na faixa etária acima de 60 anos de idade.
. As visíveis alterações na taxa de crescimento demográfico e na sua estrutura etária, decorrem do declínio das taxas de mortalidade e de fecundidade ocorrida concomitantemente com o aumento da expectativa de vida. Esse fenômeno mundial trouxe um grande desafio a países como o Brasil, nesse início de século: o de garantir serviços de qualidade e com resolutividade à crescente população de idosos. O Brasil, na tentativa de ultrapassar o modelo assistencial vigente até então baseado no modelo biomédico, hospitalocêntrico e de melhorar as condições de atendimento, institui o Programa/Estratégia Saúde da Família (ESF) que tem como estratégia, reorganizar a atenção primária ou básica de acordo com o que é preconizado no Sistema Único de Saúde (SUS). Torna-se clara a necessidade de estudos nessa área, principalmente devido ao aumento demográfico e no que concerne à atenção à saúde dessa clientela, uma vez que a população idosa forma uma faixa etária mais sujeita a problemas de saúde. Diante disso, foi utilizado o