Processamento de imagens mamograficas
O uso de imagem na medicina é considerado um recurso importante na elaboração dos diagnósticos médicos. O processamento de imagens se concentra em desenvolver procedimentos para extrair informações de uma imagem de forma adequada para o processamento computacional. Técnicas de análise auxiliadas por computador têm sido propostas com o objetivo de oferecer melhores parâmetros para a elaboração de um diagnóstico mais acurado, indicando áreas suspeitas, bem como anormalidades mascaradas. Essas técnicas (CAD, de “computer-aided diagnosis”), têm sido desenvolvidas por diversos grupos de pesquisas, visando auxiliar na detecção precoce do câncer de mama. Os esquemas CAD têm proporcionado uma importante ferramenta no auxílio ao diagnóstico médico em diversas aplicações radiológicas, sobretudo na mamografia, a ponto de terem sido aprovados como recurso diagnóstico do câncer de mama pela FDA (Food and Drug Administration) nos EUA. Mamógrafo Convencional e Digital O chassi mamográfico (figura 2) apresenta um écran intensificador que se posiciona em baixo do filme. Os fótons atravessam o filme, chegando pela sua base, atingem o écran, transformam-se em luz visível e são refletidos de volta, impressionando o filme. Normalmente, a tensão usada para mamografia varia de 25 a 50 kVp, valor que depende exclusivamente da espessura da mama, a qual, após a compressão, varia de 3 a 8 cm. Nos últimos anos, os equipamentos mamográficos sofreram grandes avanços tecnológicos, apresentando subsídios ao surgimento de mamógrafos digitais. O mamógrafo digital consiste de um aparelho muito semelhante ao aparelho de mamografia convencional, com exceção do sistema de registro, onde o filme e o écran são substituídos por detectores semicondutores sensíveis aos raios-X. Na mamografia digital, a sensibilidade aumenta, possibilitando a detecção de minúsculas estruturas conhecidas como microcalcificações. As microcalcificações estão presentes em cerca de 35% das mamografias,