Processador Quântico
Mesmo que o primeiro passo já tenha sido dado, o caminho até que as maravilhas das “possibilidades infinitas” da computação quântica cheguem às nossas casas ainda é longo, considerando que o D-Wave One custa mais de U$ 10 milhões e só é capaz de executar um número limitado de tarefas.
Ainda assim, o Tecmundo resolveu se aventurar nas entranhas deste monstro tecnológico e mostrar como funciona o primeiro processador quântico que consegue ser mais do que apenas um projeto de ciências. Confira!
Computação quântica: o que é?
Antes que você possa entender o propósito dos componentes do D-Wave One, é necessário entrar um pouco mais afundo no misterioso mundo da física quântica. O Tecmundo já fez uma abordagem sobre o assunto no artigo que explica os segredos da computação quântica.
Nele, mostramos que no âmago desta ciência está o estranho fenômeno de que, em certas circunstâncias especiais, o comportamento dos elétrons em movimento pode mudar dependendo da presença ou ausência de um “agente observador”. Parece loucura, mas o fenômeno já foi comprovado e é apenas por causa dele que a computação quântica é possível.
Esse princípio de estados simultâneos também é chamado de superposição. Para tomar proveito desse fenômeno, o computador quântico usa os chamados qubits, a versão quântica dos bits convencionais. A diferença é que, em vez de assumir apenas dois estados possíveis em um determinado momento — 0 ou 1, os qubits podem conter zeros, uns, ou qualquer combinação dos dois. Ao mesmo tempo.
Processando em qubits
O D-Wave One está equipado com 128 destes qubits que podem ser programados para resolver algoritmos simples. O objetivo deste aparato é, dentro de apenas um único ciclo