Procedencia da fé
Agostinho também discutiu a diferença entre fé cristã e razão, afirmando que a fé nos faz crer em coisas que nem sempre entendemos pela razão: “creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio também entendo. Tudo o que compreendo conheço, mas nem tudo que creio conheço” (Santo Agostinho, De magistro, p.319). Baseando-se no profeta bíblico Isaías, dizia ser necessário crer para compreender, pois a fé ilumina os caminhos da razão, e a compreensão nos confirma a crença posteriormente. Para Agostinho, a fé revela verdades ao ser humano de forma direta e intuitiva. Vem depois a razão, esclarecendo aquilo que a fé já antecipou. Há, portanto, para ele uma procedência da fé sobre a razão.
Influencia helenística
O pensamento agostiniano reflete, em grande medida, os principais passos anteriores da conversão catolicismo, quando sofreu a influência do helenismo.
VEJAMOS ALGUNS ELEMENTOS:
DO MANIQUEISMO, o filosofo tinha uma concepção dualista âmbito moral pela luta dentre o bem e o mal, as luzes e as trevas, a alma e o corpo, afirmava que o ser humano já nascia pecador, sendo o pecado de sua natureza e somente buscando por Deus, uma educação religiosa e um esforço consciente reduziria essa distância.
DO CETICISMO- desconfiança nos dados dos sentidos, isto é, no conhecimento sensorial, que nos apresenta uma multidão de seres multáveis, flutuantes e transitórios.
DO PLATONISMO Agostinho assimilou que a verdade deveria ser buscada no “mundo das ideias”, defendendo a via do autoconhecimento sendo a um legitimo instrumento para a busca da verdade, além de que, somente o íntimo, a alma iluminada por Deus poderia atingir a verdade das coisas, tendo como os “olhos da alma” que necessitam da luz divina para visualizar as verdades.
Escolástica- A matriz aristotélica até Deus
No século VIII, Carlos Magno, rei dos francos coroado imperador do Ocidente em 800 pelo papa Leão III, organizou o ensino e fundou escolas ligadas às instituições católicas. Voltando